quarta-feira, 5 de junho de 2013

O GOVERNO COMO SÓCIO COMPULSÓRIO - Por Paulo Soares




A INFORMATIZAÇÃO DO FISCO BRASILEIRO.

Todo empresário sabe que tem o Governo como sócio obrigatório em seu negócio. Um sócio que mesmo sem trabalhar e independente se o resultado represente lucro ou prejuízo exige a sua parte em dinheiro. Faça chuva ou faça sol, lá estará pronto para receber o que lhe cabe.Para piorar o Governo é um sócio implacável, não perdoa nem negocia. Caso sua parte não seja entregue na quantidade e no prazo correto o empresário sofre conseqüências nefastas que vão da cobrança dos valores acrescidos de juros, correção monetária e multa ou até situações mais graves que podem impedir a continuidade das atividades da empresa.Até aqui nenhuma novidade, o fato novo que motiva a elaboração do presente comunicado é a maneira que o “Sócio” Governo passa a atuar de agora em diante com o advento da informatização do fisco brasileiro que se considerava até então ausente no efetivo controle de seus sócios.A ausência não ocorria por vontade própria, mas pela circunstância de possuir tantos sócios em tantas sociedades espalhadas pelo Brasil inteiro que era humanamente impossível fiscalizar se todos declaravam verdadeiramente o quanto deviam pagar em razão de suas operações.Isso explica facilmente como, apesar de tantas leis, tanta burocracia e formalidades para montar e operar uma empresa no Brasil ainda assim era possível sonegar impostos omitindo ou fraudando as informações que deviam ser repassadas ao fisco e conseqüentemente não pagar impostos e taxas devidas.Acontece que esse panorama vem paulatinamente se transformando, o “Sócio” Governo utilizando as vantagens da tecnologia aumentou exponencialmente sua capacidade de fiscalizar e principalmente de reagir rapidamente contra quem ainda tenta ludibriá-lo.A informatização da fiscalização representa uma drástica mudança de comportamento do “Sócio” Governo em relação às suas práticas anteriores, agora ele não será mais ausente, ao invés disso, acompanhará as operações das empresas de perto, “on line”, em tempo real e às vezes até de maneira antecipada, fiscalizando e cobrando seus impostos antes mesmo que o evento ocorra.Resumindo, aquele sócio que apesar de não ajudar em nada passava na empresa todo final de mês para recolher sua parte do dinheiro, mas não conferia o quanto estava levando por falta de tempo, vai continuar passando para buscar seus valores, mas de agora em diante, ele saberá, antecipadamente, as quantias devidas com precisão digital.

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